Boa parte dos jogadores de Tomb Raider são da geração ps1, os jogos da arqueóloga Lara Croft se resumiam a correr de um lado para o outro em busca de itens e muitas vezes o jogador ia e voltava várias, várias e várias vezes no mesmo local tentando usar um item, em suma, o jogo era pra quem tinha paciência.
Porém, mesmo que o jogo tenha muitos quebra cabeças e vários inimigos em locais sem sentido, ainda assim era divertido, parte por que a Lara Croft era uma das poucas protagonistas femininas da época, mas se a personagem principal fosse um homem, será que os primeiros jogos da série teriam se saído tão bem?
Por que Tomb Raider (2013) é tão revolucionário?

O game do psx não fazia tanta sucesso assim, ainda mais por que eles caíram na mesmice de “ficar meia hora numa sala para voltar a outra e passar mais hora atrás dum item.” Tomb Raider precisava de algo novo, afinal, só as curvas da Lara não estavam dando para o gasto.
Uma Nova Luz Dentre as Relíquias?
Muitas séries se renovaram com a chegada do ps2, GTA é um dos maiores exemplos disso e claro que a Lara também não deixaria essa chance passar, afinal, gráficos melhores não aumentariam as vendas, Tomb Raider precisava de algo novo.
Foi pensando em inovações que a série passou a se focar mais na ação, tendo mais inimigos e menos relíquias/tesouros para caçar, ok, agora podemos nos divertir jogando um bom jogo né? Não, infelizmente não, por que a Lara ainda era lerda, o jogador continuava ser obrigado passar horas e horas tentando resolver um simples quebra cabeça para poder passar de fase.

Alguns devem estar achando que detesto Tomb Raider, mas não é verdade, joguei cada um dos jogos da série, não terminei a maioria, mas por que os quebra cabeças eram chatos e extremamente demorados e nunca fui muito adepto ao uso de detonados para facilitar a jogatina.
A Evolução da Série
Os Tomb Raiders lançados para a sexta e sétima gerações (ps2/3 xbox/360) foram bons jogos, tiveram inúmeras mudanças que deixaram a série mais divertida, o que contribuiu para o aumento de fãs de série, mas ainda faltava algo, pois, até então os jogos ainda eram bem parados e genéricos, sem maiores emoções além de ver a Lara correndo por ai e atirando por todos os lados, para depois ficar 15 anos preso num quebra cabeça.
Quando Tomb Raider (2013) foi anunciado, particularmente, eu só esperava mais um jogo comum da série e por esta razão, a principio não dei muita importância para o título e demorei para adquirir uma cópia. Ledo engano, tudo que eu conhecia sobre Tomb Raider havia mudado nesse novo título.

Uma breve apresentação
Lara e seus amigos estão em um navio perto de uma ilha do Japão (sim, o Japão é dividido em 6 ilhas), com o objetivo de ir atrás de um tesouro ancestral, mas por “acidente” o navio é pego por uma tempestade e Lara e os demais se separam e quando tenta buscar ajuda, nossa protagonista descobre que está numa ilha repleta de canibais e religiosos fanáticos que realizam sacrifícios macabros.
De acordo com relatos/relíquias coletadas pelo jogo, ninguém que chega a ilha consegue sair, graças ao poder da deusa do sol, e muitos rituais e assassinatos cruéis são realizados em nome dessa deusa, mas será mesmo que o verdadeiro motivo de tanta insanidade é culpa de uma deusa? Bem, isso eu não vou responder por que quero aumentar sua curiosidade.
Saiba que seu objetivo é deixar a ilha, mas não se engane, o mapa é enorme e embora não seja dividido por fases, você vai de um local para o outro pouco a pouco, como se cruzasse vários pontos da ilha em busca de respostas e de seus amigos. O problema é que Lara descobre que essa excluída ilha japonesa abriga muitas coisas macabras e vários tesouros de alto valor.

Pode parecer estranho que o foco do jogo não seja ir atrás de relíquias, mas sim sair da ilha, mas a história te faz se aprofundar de tal maneira na trama que é bem improvável que alguém queira deixar de lado alguns documentos onde vilões e aliados anotaram alguns de seus atos, explicando por que os fizeram, ademais, coletar relíquias aumenta a experiência da Lara, o que lhe permite desbloquear novos movimentos com ela e aumentar o poder das armas e até mesmo implementar novos recursos a elas.
Os quebra cabeças não são mais demorados, mas existem muito mais deles e alguns dão certa dor de cabeça, mas é tudo questão de lógica e procurar maneiras de pegar alguns itens e armas só torna tudo mais prazeroso.
Reclamei bastante da falta de ação nos últimos jogos, e bem, parece que esse título foi lançado para ‘calar minha boca’ por que o grau de ação aqui chega a ser insano. Vários inimigos num local e a opção de lutar contra todos de uma vez ou derrotá-los um por um, enquanto se esconde e atira em suas cabeças ou dá tiros pelo corpo, pouco a pouco, para vencê-los. Caberá a você decidir quanto partir pro ataque e quando esperar o melhor momento para derrubar um por um.

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Para finalizar essa pequena analise, gostaria de dizer que o jogo te dá muitas opções de interagir com o cenário, Lara salta de um lado para o alto, escala, usa cordas para alcançar novos lugares, destrói algumas paredes para caças itens e diversas vezes tem de fugir as presas de um local, mas tudo isso foi muito bem separado para que o jogador não se enjoe de nada. E então, o que está esperando para jogar esse épico game?
Fonte: Review feita por Jean Fernandes – Mobile Bit