A primeira vista o Taichi 31 parece ser frágil e dá impressão de que não funciona direito devido a funcionalidade exclusiva da Asus: ele possui duas telas, a padrão e outra na tampa, é ideal para quem trabalha com pc’s e precisa ficar mostrando produtos para clientes constantemente, para que virar o monitor para o cliente se você pode simplesmente ligar a tela traseira para que ele veja a mesma coisa que você?
Mas indo além do óbvio, essa análise visa esclarecer alguns dos pontos positivos e negativos do ultrabook Taichi 31 da Asus, o aparelho testado por nós do Mobile Bit foi um presente da empresa taiwanesa, o qual foi ganho num mini torneio feito para jornalistas onde os três posts mais curtidos sobre o Zenfone 5, o primeiro smartphone da Asus, seriam premiados com esse incrível ultrabook.

– Taichi 31 – Primeiras Impressões –
O ultrabook da Asus veio com diversos acessórios, um adaptador para datashow/vga, um adaptador para LAN, carregador, caneta stylus e uma incrível pilha AAAA, para a stylus, sim são 4 letras A, espero que a bateria dela dure ao menos alguns meses, afinal, ainda não faço ideia de onde elas podem ser compradas, porém, a stylus e suas funcionalidades serão abordadas mais adiante nessa análise.
Assim que terminei de desembalar o ultrabook fiquei admirando-o por alguns instantes e com receio da segunda tela dele ser frágil e se riscar com facilidade, a boa notícia é que ambas as telas são muito resistentes e ao adquirir o ultrabook a Asus já envia na caixa uma case, com espaço para a caneta stylus e um pano preto para limparmos eventuais marcas de dedos da tela do tablet. Ele possui 256 gigas de ssd, 4 gigas de memória ram ddr 3 e um procesador Intel i-5.

Ao segurar o ultrabook nas mãos notei que ele é extremamente leve e confortável, pesa cerca de 1 kg e meio e tem apenas 18 mm de espessura, ambas as telas possuem 11.6 de tamanho ou 13.3 se utilizada na vertical no modo tablet, as duas tem resolução 1920×1080 full hd e diversos ângulos de visão, tornando possível que as imagens sejam exibidas perfeitamente, nas duas telas, em praticamente qualquer posição em que os usuários estejam.
Após admirar um pouco o aparelho, passei olhar ao redor dele, na lateral esquerda temos uma entrada para fone de ouvidos ou caixa de som, o que não se faz necessário como veremos adiante, uma porta usb 3.0, uma entrada para cartão sdhc e um botão para aumentar e abaixar o volume.

Na lateral direita temos a entrada para o plug do carregador, a segunda, e última porta usb, também 3.0, uma entrada para micro vga, uma para micro hdmi, um botão deslizante para ligar e desligar que particularmente achei mal desenhada por que machuca um pouco o dedo se não for manuseada corretamente e para finalizar a lateral direita, temos um outro botão deslizante que bloqueia o modo tablet do aparelho, ele é útil para quando você quer fechar a tampa do aparelho e não deseja que os outros vejam no que você estava mexendo, dessa forma a tela do tablet permanece desligada. Ela não pode ser removida como é o caso de alguns ultrabooks.
O modo tablet, ou duas telas, só é ligado se o usuário quiser, do contrário a tela de trás permanece desligada, exibindo apenas o nome Asus na sua lateral superior esquerda. O aparelho não possui leitor de cd/dvd o que é um ponto negativo, pois, se desejarmos instalar algo diretamente duma mídia, será necessário ‘sacrificar’ uma das duas portas usb’s para a utilização de um leitor externo o que é um incômodo quando levamos em conta o preço pelo qual o Taichi 31 é vendido.
– As duas telas do Taichi 31 –
No modo laptop o aparelho é um notebook padrão, embora, seja full hd, ela não é touch screen, mas sua composição e opções de personalização de brilho fazem dele ideal para ser utilizado em qualquer ambiente, seja muito ou pouco claro, é possível aumentar ou diminuir o brilho da tela no modo laptop com um simples pressionar das teclas FN + F5 (diminuir) ou F6 (aumentar), a tecla FN está localizada entre o CTRL esquerdo e home/bandeira.
Infelizmente a mesma facilidade não se dá com o modo tablet, regular seu brilho é uma tarefa mais complexa, é necessário fazer a maneira antiga, abrindo o painel de controle, aliás, o que não é uma tarefa difícil já que o Taichi 31 vem com Windows 8 instalado de fábrica, sendo possível efetuar a atualização para o 8.1 gratuitamente.

O Taichi 31 possui 4 modos de telas, uma padrão, para uso apenas da tela frontal, uma para uso apenas do modo tablet, função está que pode ser ativada manualmente no pc ou fechando a tela do ultrabook, os outros dois modos são o espelho onde as duas telas são ligadas e passam a exibir mesma coisa para ambos os lados, se o usuário clicar em algo na tela de touch, como um vídeo, por exemplo, este passará a ser exibido simultaneamente nos dois lados. O último modo é o duplo ecrã, neste último as duas telas viram computadores independentes, porém, o usuário que estiver do lado do tablet só poderá realizar tarefas básicas, como copiar arquivos e navegar entre as pastas do ultrabook, ele não afetará o usuário principal e vice versa.
Para desenhos o Taichi 31 surpreendeu, embora, alguns programas testados nele como o Photoshop e Corel Draw CS6 não tenham obtido resultados satisfatórios no modo tablet, um programa simples, e gratuito, trouxe uma experiência bem próxima a desenhar no sulfite, o My Paint, a sensação é a mesma que usar lápis, e utilizar a stylus do Taichi no programa se mostrou muito satisfatório. Este um que vos escreve é uma tragédia com desenhos, mas pedi a alguns amigos desenhistas que testassem o aparelho e elas gostaram bastante do resultado e da precisão obtida.

Especificações Gerais do Taichi 31
O teclado não é dos melhores, na intenção de deixa-lo do mesmo tamanho da tela, algumas teclas acabaram comprimidas, não temos um botão de ? e /, para utilizá-los e preciso apertar alt gr + Q ou W, o que atrapalha um pouco no começo, todavia, o shift direito é muito maior do que devia e as setas são minúsculas, o que atrapalha muito para jogar, ademais, jogar definitivamente não é a principal função do Taichi 31, ele não suporta nenhum jogo que requer um bom processamento gráfico, porém, alguns jogos online mais simples como Legue of Legends, Grand Chase, Couter Strike, Combat Arms, Prinston, Ragnarok etc funcionam sem maiores complicações, mas não espere conseguir jogar um GTA V da vida por que o Taichi não irá suportar.
Testei no aparelho um jogo touch, o primeiro Angry Birds, confira quais foram os resultados nesse breve vídeo caseiro:
O teclado do Taichi 31 é retro iluminado e liga sozinho quando começa anoitecer, embora, essa função possa ser facilmente desligada com o uso das teclas FN + F3. Utilizar o teclado no modo touch screen não é uma experiência muito agradável, pois, a tela é grande e desconfortável para escrever e é fácil errar enquanto digitamos o que afasta alguns do modo touch, ao menos para escrever longos textos.
Ao menos, o a tela do tablet possui um botão touch, o logo do Windows, apertando-o voltamos para o menu principal do Windows 8, mas abrir o teclado nesse menu para pesquisar algo é uma tarefa digna de glória, aliás, navegar no menu principal no modo tablet é bem complicado. Entretanto, para navegar na web o aparelho é maravilhoso, reconhece o toque de vários dedos simultâneos e até mesmo da Stylus.

No teclado do tablet não existe uma função para trocar entre os modos de telas do ultrabook, no teclado físico existe um botão ao lado da tecla F12 que nos permite navegar pelo menu principal do Asus Taichi 31, nesse menu podemos ver pequenos vídeos tutoriais sobre o aparelho, trocar o modo de som dele e entre outras coisas temos as incríveis funções de personalização do touchpad, ou “mousse” de notebooks como é popularmente chamado.
O touchpad reconhece o toque de até três dedos simultâneos e tem diversas configurações para quais funções desejamos que sejam executadas ao deslizarmos dois ou três dedos para determinado lado. É possível voltar a área de trabalho movendo três dedos para baixo, navegar entre janelas com três dedos para direita ou esquerda e dar scroll em páginas e pastas movendo dois dedos para cima ou para baixo. A única coisa que não me agradou no touchpad é que ele não possui uma linha divisória de onde acabam os botões e começa o touch, isso atrapalha de vez em quando, ainda mais no escuro, já que o touchpad, diferente do teclado, não é retro iluminado.

Considerações Finais sobre o Taichi 31
A bateria do aparelho tem uma duração até aceitável, são cerca de 3 há 5 horas de uso constante, levando em conta a navegação na web, músicas/vídeos e programas aberto, isso independente se o usuário está no modo tablet, padrão ou com ambas telas ligadas. Em nossos testes o ultrabook ficou ligado durante a exibição de dois filmes seguidos no modo tablet e pouco mais de 20% da bateria fora consumida, isso levando em conta o altíssimo som em que ele estava sendo rodado.
O Taichi 31 possui a tecnologia Skullcandy para som, o volume pode ser facilmente ajustado e ele possui um equalizador pré instalado que quebra um galho e tanto. Coloquei algumas músicas para tocar no Youtube, aumentei o volume até 70O% e me afastei do ultrabook e mesmo estando há mais de 8 metros de distância ainda conseguia ouvir perfeitamente, ressalto ainda que como realizei esse teste em casa, onde o eco é favorecido, o som pode ter ficado mais potente que o normal, mas em geral os usuários não sentirão a necessidade de carregar caixas de som consigo, chego chutar que se o Taichi fosse levado para uma sala de aula universitária, com mais de 20 pessoas sentadas, todas conseguiriam ouvir quaisquer sons perfeitamente.

Quando liguei o aparelho ele estava extremamente desatualizado, desde 2012 o aparelho não recebia novas definições de vírus e tem tanta coisa para atualizar que até agora, uma semana e meia após ter recebido o aparelho, ainda não o atualizei para a versão 8.1 do Windows. E falando em downloads, adivinha quem veio sem – no mínimo – uma versão de testes do office, isso mesmo nobre leitor, o Taichi 31, em toda sua magnitude e preço, não possui um office e nem mesmo um programa similar, veja só que maravilha, não tem um leitor de cd’s no aparelho e se você, assim como eu, tiver a sorte de morar numa região onde não existe internet acima de 1 mb, ai eu lhe pergunto, quem poderá nos defender?
O jeito foi instalar uma versão mais simples, alternativa e gratuita, o King’s Office, não é lá aquela maravilha, mas quebra um galho, ainda mais para um aparelho onde um dos principais chamariz é a exibição de slides nas duas telas, ideal para impressionar clientes, para desenhar e usar no dia a dia.
A Conclusão
O Taichi 31 é um aparelho muito bonito, versátil, prático e único no mercado, é um excelente ultrabook, nota 10 para uso no dia a dia e o modo tablet é a cereja, a cobertura e o bolo em si, sem essa opção o Taichi 31 seria apenas um notebook muito bom – mas não excelente – de fato, é possível, e melhor para o bolso, comprar um bom notebook e alguns tablets, você poderia pedir para seus clientes para passarem os slides ao seu comando, porém, isso os distrairia facilmente e eles poderiam comentar sobre algo de um slide diferente daquele que você está vendo, distanciando o foco do real produto.
Para quem trabalha com vendas o Taichi 31 é uma ponte entre você e seus clientes, dependendo do seu ramo de atuação, entretanto, se o que você deseja é um aparelho apenas uso cotidiano ou para jogar, o Taichi 31 definitivamente não é a melhor escolha para você. A Asus possui em sua loja um dos melhores notebooks gamers, e também tem diversas outras opções de notebooks, basta clicar no link acima e você será redirecionado a loja virtual da Asus. Porém, se você se encaixa no perfil de usuários do Taichi 31 e deseja adquirir um, clique aqui para ser redirecionado a página de venda dele, ou você pode esperar outra promoção relâmpago como a que foi feita pela Asus na Black Friday.
Espero que essa análise tenha sido precisa e sanado suas dúvidas, se tiver alguma opinião, sugestão ou crítica, pode postá-la no campo de comentários logo abaixo, responderemos assim que possível :-)
Equipe Mobile Bit