Ele voltou! Sim, prezados leitores e fãs do homem-morcego, Batman está de volta e, desta vez, mais jovem, com uma nova armadura, novos e antigos inimigos e iniciando suas atividades de vigilante em Gotham City. Tudo isto e muito mais pode ser encontrado no recém-lançado Batman: Arkham Origins, o último lançamento da franquia Batman: Arkham, que foi produzido pela Montreal Games e publicado pela Warner Bros. Interactive Etertainment.
Assim como os outros jogos da série, possui muitos segredos, curiosidades, um enredo de tirar o fôlego e DLCs de muita criatividade. Mas, será que agradou tanto quanto os primeiros lançamentos? Vale a pena o investimento? Nós da Mobile Bit terminamos o game e daremos nosso veredito. E para contribuir com a imparcialidade colocamos o Alexandre, que é um fã incondicional do universo do Batman, para escrever esta análise. Portanto, prometemos não spoliar em momento algum.
O jogo já foi lançado há alguns meses, mas caso você ainda não o tenha jogado ou visto qualquer coisa sobre a produção, iremos trazer algumas informações extras para deixar o texto mais enriquecido, embora, tenhamos de deixar algumas coisas de lado para, como já foi dito, não estragarmos qualquer surpresa e deixarmos vocês aproveitarem a jogatina.
Batman: Arkham Origins: História
O enredo do jogo se passa muito antes dos acontecimentos apresentados em Batman: Arkham Asylum e Batman: Arkham Origins. Tudo ocorre em uma Gotham City que, embora não esteja aterrorizada pelos grandes vilões já conhecidos, sofre com a corrupção e a criminalidade dominando as ruas. Em combate a tudo que afronta a justiça, surge Bruce Wayne vestindo pelas primeiras vezes o uniforme do Batman e saindo para a cidade trazendo justiça e punição para os que ameaçam Gotham.
Devido seus métodos discretos e furtivos, a figura do “justiceiro das sombras” divide opiniões entre a população e as autoridades locais, pois poucas pessoas de fato o viram cara-a-cara e podem comprovar sua existência, embora, sua ameaça para o crime seja evidente. Com medo de seu império criminal ser desfeito, Roman Sionis – identidade secreta do vilão Máscara Negra – contrata oito assassinos e oferece uma recompensa para quem conseguir matar Batman e eliminar a única ameaça de seus planos.
Paralelamente, Oswald Cabblepot, o Pinguim, também exerce suas atividades mafiosas e traça planos para dominar o comando de Sionis. Tudo aparentemente segue um padrão linear, mas, reviravoltas acontecem e o jogo toma um outro viés completamente diferente.
Ambientação
O cenário é praticamente o mesmo de Batman: Arkham City. Há algumas expansões que foram realizadas para contribuir com o contexto da história, mas o principal destaque fica pela atmosfera do jogo. Batman: Arkham Asylum trouxe uma sobriedade nunca vista antes para o Batman. Arkham City seguiu a mesma linha, mas buscava colocar o homem-morcego como um vigilante em seu total vigor, com muita ação e poucos diálogos.
Já Batman: Arkham Origins traz um clima sombrio, macabro, procurando acompanhar a personalidade de Bruce Wayne neste jogo, que ainda é atormentada pelo seu alter-ego, a morte de seus pais, seu medo da violência e sua inexperiência como detetive e vigilante. Isso, em muitos momentos o torna violento, impulsivo, agressivo e intransigente. Mas, acima de tudo, mantendo seu maior código de ética: não matar em hipótese alguma.
Jogabilidade
Assim como nos outros jogos, este foi um aspecto que não sofreu alterações. Ainda é possível andar, correr, se abaixar, se esquivar, bater, contra-atacar, dar rasteiras, planar, se esconder e todas as outras técnicas furtivas que os antigos jogos apresentavam.
Sistema de lutas
Quem está acostumado com o universo do homem-morcego, sabe que dificilmente Batman está em vantagem quando o negócio é dar porrada. Tanto em seus filmes quanto nos jogos não foi diferente e em Batman: Arkham Origins, a receita foi mantida. A tradicional câmera elevada foi preservada e o sistema automático de ataque e contra-ataque também. A novidade aqui são luvas elétricas que emitem descargas de choque em seus adversários quando carregadas. Porém, isso já foi feito emBatman: Arkham City – Armored Edition, exclusivo para Wii U.
Vilões
Ao todo, são oito assassinos que foram introduzidos para o enredo. Entre eles há figuras conhecidas, já outras, foram grandes novidades.
Crocodilo (Killer Croc) – Figura vista em Arkham Asylum, Waylon Jones nasceu com uma rara doença crônica que fazia com que sua pele e dentes criassem sérias erupções que se tornavam semelhantes a escamas e afiavam seus dentes tornando-os ponteagudos. É extremamente forte e alguns rumores de sua criação indicam que ele foi usado em experiências genéticas que o fizeram se parecer cada vez mais com um crocodilo.
Exterminador (Deathstroke) – Também conhecido por Slade, éumvilão que ganhou fama nos Jovens Titãs, era um ex-combatente das Forças Especiais que possuía grande aptidão física e foi cobaia para experiências que otimizavam suas capacidades físicas e o transformaram em um supersoldado. Após os experimentos abandonou o exército e tornou-se um mercenário. Não possui o olho direito.
Vagalume (Firefly) – Garfield Lynns era um falido especialista em efeitos especiais que, após sofrer um acidente e queimar 80% de seu corpo, entrou para o crime. É capaz de voar através de uma mochila a jato e possui um lança chamas como principal arma, além de explosivos e granadas.
Copperhead – Pouco se sabe sobre esta personagem. Informações revelam que suas origens venham da América do Sul e tenha sua vida criminal baseada em atividades de assassinato e atuações mercenárias. Possui extrema flexibilidade física, é especialista em fugas e possui veneno mortal em seu sangue. Teve aparições na Liga da Justiça e em alguns episódios da série animada do Batman, entretanto, o curioso é que tanto nas HQs quanto nas animações, Copperhead era claramente um homem. Já em Arkham Origins, embora o jogo não confirme a informação, seu corpo e suas feições são de uma mulher.
Pistoleiro (Deadshot) – Floyd Lawton era um atirador de elite do exército e possui uma extrema habilidade com armas e após acontecimentos trágicos envolvendo sua família, entra para o crime e se torna um mercenário. Sua principal arma é uma pistola que carrega em seu braço direito e teve aparição em uma missão secundária de Arkham City.
Choque (Eletrocutioner) – A identidade antagonista de Lester Buchinsky trata-se de um mercenário muito impulsivo e com uma grande sede por violência, temperamento que por diversos momentos não contribuem para decisões inteligentes ou sensatas. Também possui um grande conhecimento em engenharia elétrica, sabedoria que foi muito útil para construir um par de luvas que emitem descargas elétricas de altíssima voltagem e as usa como principal arma.
Bane – Se você assistiu Batman e Robin, esqueça aquela figura desengonçada e bizarra que era marionete da mulher-samambaia dos quadrinhos conhecida como Hera Venenosa. O Bane apresentado neste game é o mais próximo de seu perfil original criado por Chuck Dixon, Doug Moench e Graham Nolan. Aqui, o vilão é extremamente inteligente, psicótico, transtornado e, claro, muito forte.
A obsessão de Bane por matar o homem-morcego se dá por pesadelos que o brutamontes tinha quando criança e neles havia a presença de um morcego rondando sua mente. Logo, ao chegar em Gotham, Bane acreditava ser Batman a origem de seu tormento e decide aniquilá-lo acreditando que encontraria sua paz interior.
DLCs
Desde o segundo game da série, as DLCs conseguiam ganhar um destaque ainda maior que o próprio enredo do jogo. Todas eram surpreendentes, criativas, nostálgicas e, em alguns casos, traziam complementos para a história. Como a parte jogável da (gostosa) Mulher-Gato e do menino prodígio Robin, no especial Harley Quinn’s Revenge, em que após os acontecimentos finais envolvendo o Batman, Arlequina o sequestra e faz com que Jason Todd vá investigar seu desaparecimento.
Em Batman: Arkham Origins, o destaque se dá pelo gameplay com o Exterminador, mas somente em treinos de combate e uma história adicional chamada de Bruce Wayne Rite of Passage Iniciation, em que é mostrado um Bruce Wayne ainda mais jovem e passando pelas provações finais de Räs Al’Ghul para tornar-se um mestre ninja. Recentemente também fora lançado um minigame chamado “Cold, Cold Heart”, em que conta a história de como Mr.Freeze apareceu pela primeira vez na série e se passa depois do enredo do jogo. Seguem abaixo links com os trailers respectivos, mas há um risco altíssimo de spoilers!
Curiosidades
Neste aspecto, Arkham Origins também não deixou a desejar quanto aos dois primeiros jogos. O jogo está repleto de missões secundárias que contribuem com a história, possui muitos easter eggs que garantem a diversão e também há muitos segredos que envolvem o universo da DC Comics e do Batman, além de deixar o jogador por dentro de muita coisa que já rolou em décadas de quadrinhos e histórias interligadas umas com as outras. Separamos um vídeo abaixo contendo tudo que o jogo possui de conteúdo extra. Ele é bem longo e possui muitos spoilers também, mas, caso os senhores não se importem a esta altura, basta clicar no link.
Vale a pena?
O negócio é o seguinte jovens: agora quem fala é o Alexandre fã do Batman, admirador do personagem e da série. Muitas coisas do universo do Cavaleiro das Trevas foram respeitadas, o enredo está espetacular, o novo desenho do traje do Batman também ficou sensacional (cueca por cima da calça, já era há bastante tempo, hein?!), personagens que mereciam uma atenção maior ganharam seu espaço, um conhecimento maior do que acontece foi disponibilizado de maneira clara e de braços abertos. Tudo isso são sinais de que os grandes heróis de antigamente estão renascendo mais fortes como nunca e suas produtoras os estão levando muito a sério, tanto nos games, quanto no cinema, animações e quadrinhos. Fato que só podemos esperar coisas positivas daqui pra frente.
Agora, falando como o Alexandre jogador, o game foi muito bem feito. Os gráficos estão lindos como nunca, a jogabilidade está excelente, a câmera também contribui em todos os momentos durante o jogo, os cenários foram muito bem construídos, os personagens bem desenhados, dublagem original foi bem sincronizada, embora alguns personagens tenham ganho vozes novas, mas casaram muito bem com cada um. Algo que na dublagem nacional, deixou um pouco a desejar.
Além disso, faltou um pouco de inovação por parte dos desenvolvedores do jogo. Se não fossem o enredo, personagens e cenários novos, durante muitos momentos a sensação é de estarmos jogando uma super DLC do Batman: Arkham City! Sem contar que – opinião pessoal – não sei o que dá na cabeça dos diretores da série Arkham para não ter feito ainda uma sequência em que é possível dirigir o batmóvel ou o batwing. Parece um detalhe bobo, mas neste jogo, que também lembra muito o game temático do filme Batman & Robin, para PS1, era possível pilotar um dos veículos mais emblemáticos já criados e o game era bem capenga, quem já jogou sabe do que eu estou falando.
De qualquer maneira, esses detalhes não tiram o mérito do jogo que é muito envolvente e cativante. Tanto para quem é fã do Batman ou quem apenas quer jogar mais um game da franquia. É um jogo que vale a pena conferir para tirar suas próprias conclusões. A nossa é que faria até o Coringa e o Homem-Morcego sentarem juntos para curtir. E vale lembrar que o trailer do próximo game, Batman: Arkham Knight, já foi lançado e promete ser diferente de tudo que os outros jogos trouxeram.
Por fim, terminamos a nossa Análise do game Batman: Arkham Origins. Sem duvidas a franquia Arkham é espetacular, mas, e você caro leitor, o que achou dela? Não se esqueça de deixar um comentário e curtir a nossa página!
Fonte: Mobile Bit
