Há muito se fala no leilão do 5G no Brasil, e o edital finalmente foi aprovado no dia 26 de fevereiro: o evento deve ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano.
Quando se fala nessa tecnologia, os entusiastas já ficam animados. Porém, como nem tudo são flores, algumas pessoas podem acabar sendo “prejudicadas” pela nova conexão, pois com a chegada dessa tecnologia, as antenas parabólicas devem parar de funcionar.
O problema está relacionado com a frequência utilizada pela nova conexão, a qual interferirá nas antenas parabólicas. A frequência utilizada pela nova rede será de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz.
Já as parabólicas, usam frequências entre 3,7 GHz e 6,45 GHz, o que significa que o 5G acabará interferindo no sinal dessas antenas ao utilizar o espectro de 3,3 GHz a 3,7 GHz.

Para se ter uma ideia da extensão deste problema, cerca de 6,5 milhões de brasileiros ainda utilizam antenas parabólicas para ter acesso aos canais de TV.
Apesar disso, esse problema já foi contornado no edital do leilão do 5G, que diz que as operadoras que forem utilizar essas frequências precisarão distribuir kits gratuitos com antenas e receptores para os usuários de parabólicas.
Dessa maneira, quando as parabólicas pararem de funcionar, esses usuários poderão manter o acesso à programação regional sem sofrer com problemas de interferência, isso graças à nova antena que receberão.
O processo é bastante similar a mudança de TV analógica para digital, e não ocorrerá de forma abrupta: a mudança deve ocorrer dentro de dois anos.