A realme revelou o conceito de um novo smartphone com bateria de 10.000 mAh, uma capacidade muito acima do que se vê atualmente no mercado.
O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado por Chase Xu, vice-presidente e CMO da marca, que apresentou o aparelho e explicou os diferenciais da tecnologia usada na bateria — mesmo com o projeto ainda em estágio conceitual.
Chamado informalmente de realme GT 10.000 mAh, o dispositivo chama atenção não só pela promessa de longa autonomia, mas também pelo design fino e leve, contrariando a ideia de que baterias maiores sempre resultam em celulares mais grossos e pesados.
Bateria de silício-carbono
O grande diferencial está na tecnologia adotada: uma bateria de silício-carbono, com densidade energética de 887 Wh/L, muito superior à das tradicionais baterias de íon-lítio. Na prática, isso significa mais carga armazenada em menos espaço físico.
Segundo a realme, mesmo com essa capacidade elevada, o protótipo tem apenas 8,5 mm de espessura e pesa cerca de 210 gramas, números próximos aos de muitos smartphones intermediários atuais.
A inovação vem do uso de um ânodo de silício e carbono no lugar do tradicional grafite, o que permite armazenar mais íons de lítio por volume. A marca afirma que essa mudança pode representar um salto de até 10 vezes na eficiência da bateria.

Ainda em fase experimental, o realme GT 10.000 mAh não tem previsão de lançamento e, por enquanto, segue como um conceito. A fabricante acredita, no entanto, que essa bateria poderia manter o smartphone ligado por vários dias com uma única carga, o que seria uma vantagem enorme para quem usa o celular intensamente ou passa longos períodos longe da tomada.
Apesar do foco na bateria, o modelo mostrado traz configurações simples. O processador é um MediaTek Dimensity 7300, voltado para o segmento intermediário. A empresa não divulgou dados sobre memória RAM, armazenamento ou câmeras.
A tela é um painel OLED de 6,7 polegadas, mas detalhes como taxa de atualização e brilho ainda não foram revelados.
A realme explicou que o dispositivo não tem planos definidos de chegar ao mercado. O objetivo principal é mostrar a viabilidade do uso de baterias de silício-carbono com alta capacidade e dimensões reduzidas, testando também a receptividade do público e da indústria.
Nos últimos anos, a marca tem se destacado por inovações no segmento de carregamento — como o sistema de 320 W, que carrega uma bateria inteira em apenas cinco minutos. Agora, com esse conceito, a realme passa a mirar também na autonomia prolongada, um desejo antigo de muitos usuários de smartphone.