A história de DOOM em ordem: veja a cronologia da franquia até The Dark Ages

doom dark ages oficial

Com mais de 30 anos de história, a franquia DOOM é considerada uma das mais importantes da indústria dos videogames. Desde sua estreia em 1993, a série ajudou a definir o gênero tiro em primeira pessoa (FPS) e, mesmo após tantas gerações de consoles e estilos diferentes, continua relevante e com grande apelo entre os fãs.

Em 2025, o lançamento de DOOM: The Dark Ages ampliou o interesse pela cronologia da série, especialmente por se tratar de um prelúdio da fase moderna. Mas como a franquia passou por diferentes eras e reboots, a pergunta permanece: em que ordem se encaixam os jogos da saga?

A seguir, veja a linha do tempo oficial da franquia DOOM, organizada por ordem cronológica dos acontecimentos, incluindo os jogos clássicos, os spin-offs e os títulos mais recentes.

Linha do tempo clássica

DOOM (1993)

doom 1993

Lançado pela id Software, o DOOM original foi um marco nos videogames. Com seus gráficos tridimensionais revolucionários para a época, trilha sonora intensa e ação frenética, o título colocava o jogador no papel de um fuzileiro espacial enfrentando demônios em uma base marciana. A estrutura dividida em episódios e a jogabilidade direta e rápida ajudaram a definir o gênero FPS como conhecemos hoje.

Além do impacto técnico e cultural, o jogo também popularizou o uso de mods, sendo amplamente distribuído por shareware. Tornou-se um fenômeno global e serviu de base para toda a trajetória que viria a seguir.

DOOM II: Hell on Earth (1994)

doom ii hell on earth

A continuação direta do primeiro jogo leva o conflito infernal à Terra. Com ambientações urbanas devastadas e novos inimigos, DOOM II manteve o estilo do antecessor, mas com fases mais complexas e desafiadoras. A adição da super shotgun, que virou uma das armas mais icônicas da franquia, marcou esse segundo capítulo.

O game também abandonou a estrutura em episódios, oferecendo uma campanha contínua com dificuldade crescente. O modo multiplayer deathmatch se popularizou ainda mais, reforçando a importância de DOOM como base dos jogos competitivos de tiro.

Final DOOM (1996)

final doom 1996

Desenvolvido por membros da comunidade e distribuído oficialmente pela id Software, Final DOOM apresentou duas campanhas completas: TNT: Evilution e The Plutonia Experiment. Ambas expandem os acontecimentos da série clássica, com níveis criativos e dificuldade extremamente elevada, voltados para os jogadores mais experientes.

Mesmo sem trazer novidades gráficas, o jogo é lembrado como símbolo da força da comunidade em manter a franquia viva. Até hoje, muitos o consideram um dos capítulos mais desafiadores da saga.

DOOM 64 (1997)

doom 64 nintendo switch

Criado inicialmente como exclusivo para o Nintendo 64, DOOM 64 segue os eventos de Final DOOM, consolidando o universo clássico. Com ambientações mais sombrias, gráficos atualizados e novos inimigos, o jogo apresentou um clima mais claustrofóbico e pesado. A principal ameaça aqui é a Mãe dos Demônios, uma entidade que tenta ressuscitar os horrores anteriores.

Mesmo com recepção morna na época, o título ganhou status cult e, anos depois, foi relançado em plataformas modernas. Com isso, foi oficialmente reconhecido como parte da cronologia principal da franquia, servindo como ponte entre a era clássica e a moderna.

DOOM 3 (2004)

doom 3 2004

Em 2004, a franquia passou por um reboot completo com DOOM 3. O jogo reconta a invasão demoníaca em Marte, mas com um tom muito mais voltado para o horror de sobrevivência e com foco narrativo. Com gráficos de ponta para a época, iluminação dinâmica e ambientações fechadas, o título trouxe uma experiência mais cinematográfica.

A mudança no ritmo e no estilo de combate dividiu a opinião dos fãs: enquanto uns sentiram falta da ação frenética dos jogos anteriores, outros se encantaram com a nova abordagem. DOOM 3 também influenciou diretamente outros jogos de terror e ação, além de ter rendido uma adaptação para o cinema — que acabou sendo um fracasso de bilheteria.

A nova linha do tempo

DOOM: The Dark Ages (2025)

doom dark ages 2025

Lançado em 2025, DOOM: The Dark Ages é uma prequel direta de DOOM (2016). O jogo volta no tempo para mostrar as origens do lendário DOOM Slayer, agora em um mundo com estética medieval, brutal e mais mitológica. Em vez de tecnologias futuristas, o cenário apresenta espadas, armamentos pesados com design retrô-fantástico e castelos tomados por forças demoníacas.

O enredo se concentra na guerra ancestral entre os Sentinelas de Argent D’Nur e as criaturas infernais. Ao longo da campanha, o jogador acompanha o surgimento da figura que mais tarde se tornaria o implacável guerreiro dos jogos modernos. O game mantém o ritmo acelerado da franquia, mas traz um foco maior no combate corpo a corpo e na construção da mitologia da série.

Além disso, o jogo marca o início de uma nova trilogia dentro da cronologia moderna, funcionando como o capítulo mais antigo da linha do tempo atual.

DOOM (2016)

doom 2016 oficial

Depois de anos em hiato, a franquia voltou em grande estilo com DOOM (2016), um reboot espiritual que resgatou a essência da ação rápida, brutal e descomplicada, ao mesmo tempo em que apresentava um universo mais coeso e recheado de mitologia.

Aqui, o DOOM Slayer desperta em uma base da UAC em Marte, onde experimentos com energia do inferno abriram portais para outra dimensão. Ao longo do jogo, o protagonista enfrenta demônios, explora instalações científicas e descobre mais sobre a energia Argent e o papel dos Maykrs, entidades que manipulam o equilíbrio entre os mundos.

Apesar de ter uma narrativa sutil, o jogo esconde uma mitologia rica, acessível por meio de registros e textos. O título foi um sucesso de crítica e público, com destaque para o sistema de “glory kills”, o ritmo ágil do combate e a trilha sonora pesada. Ganhou diversos prêmios e colocou a franquia novamente no centro da indústria dos jogos de tiro.

DOOM Eternal (2020)

doom eternal oficial

Lançado em 2020, DOOM Eternal é a continuação direta de DOOM (2016). O jogo amplia todos os aspectos de seu antecessor: combate, mobilidade, ambientação e narrativa. Dessa vez, a invasão demoníaca atingiu a Terra, e o Slayer precisa enfrentar entidades maiores, como os Sacerdotes do Inferno, o Khan Maykr e uma nova ameaça que vai além do inferno tradicional.

O enredo mergulha de vez na origem do protagonista, revelando sua ligação com os Sentinelas e sua transformação em uma figura quase divina. O jogo também introduz o conceito do Fortaleza da Perdição, uma espécie de base do Slayer no espaço, onde ele acessa equipamentos, registros e novas missões.

O combate é ainda mais técnico, quase coreografado, exigindo domínio total das armas, movimentos e estratégias. A campanha é recheada de momentos épicos, e o jogo foi elogiado como uma das experiências FPS mais completas da geração.

DOOM Eternal: The Ancient Gods – Parte 1 (2020)

doom eternal ancient gods part 1

Lançada como uma expansão standalone (que pode ser jogada sem o jogo base), The Ancient Gods – Parte 1 continua os eventos de DOOM Eternal. Após o fim da campanha principal, o Slayer parte para caçar os últimos resquícios da ameaça demoníaca, agora espalhada por múltiplas dimensões.

A primeira parte da expansão é marcada por batalhas intensas, cenários grandiosos e um aumento considerável na dificuldade. O jogador enfrenta novas variações de inimigos e passa a lidar com divindades ancestrais, que desafiam diretamente o equilíbrio do universo DOOM. A expansão também aprofunda o papel do Slayer como uma força desestabilizadora entre céu, inferno e terra.

DOOM Eternal: The Ancient Gods – Parte 2 (2021)

doom eternal ancient gods part 2

A segunda e última parte da expansão conclui o arco iniciado em DOOM (2016). Aqui, o DOOM Slayer enfrenta o Dark Lord, a entidade suprema por trás de toda a corrupção demoníaca. O jogo traz um desfecho grandioso e simbólico, com batalhas colossais e revelações que mudam o entendimento sobre o universo da série.

O final de The Ancient Gods – Parte 2 encerra o ciclo do protagonista de forma filosófica e impactante. Mesmo deixando espaço para novas histórias, o jogo fecha a narrativa principal da era moderna da franquia, preparando o terreno para o que viria depois — ou antes, no caso de The Dark Ages, que serve como reinício e expansão desse universo.