O WhatsApp é atualmente o mensageiro mais usado pelo público, devido a isso diversas operadoras ofertam planos onde o serviço é prestado gratuitamente, mas parece que manter esse tipo de serviços pode estar prejudicando essas companhias, opinião essa compartilhada ontem(19) na Futurecom pelo presidente da TIM, Stefano de Angelis.
O CEO da operadora fez uma crítica não somente para a TIM como para as demais operadoras, sobre as parcerias que são firmadas com as provedoras de aplicações, as OTTS e a maneira como estabelece seus preços finais.
Stefano fez questão de ressaltar que não é obrigação das operadoras oferecerem serviços como o WhatsApp gratuitamente. Segundo ele, entre 2012 e 2015 as teles tiveram queda em seu lucro anual de R$ 21 bilhões para R$ 18 bilhões, a Capex (investimento de capital) por sua vez, aumentou de R$ 12 bilhões para R$ 16 bilhões. Os números são bastante claros, esse tipo de serviço é danoso para a operadora, Stefano ainda complementou dizendo que “é importante ressaltar que a geração de caixa caiu”.
“Não acho que existe no País uma obrigação de dar WhatsApp grátis. O equilíbrio entre uso de dados e OTTs é uma alavanca que nós operadoras precisamos provavelmente melhorar na formulação de tarifas”, disse Stefano.
Em 2012 já era possível imaginar o pesadelo que viria às operadoras móveis através das OTT (over-the-top). Visto que houve a popularização dos smartphones e o aumento do tráfego de vídeos e serviços em nuvem estava crescendo consideravelmente, pode-se dizer que nessa altura as OTT eram uma grande oportunidade, mas também um grande desafio.

Segundo engenheiros de telecomunicações, outro problema são os apps que solicitam informações sobre a localização do usuário, o que pode nem ser notado pelos mesmos, mas é na verdade uma comunicação muito danosa à rede, visto que ocorre muitas vezes sem o aplicativo ser executado.
Hoje, porém, a preocupação aumentou. Os serviços gratuitos oferecidos pelas operadoras móveis estão muito populares bem como mensagens e solicitações de geolocalização, além disso, vale ressaltar que a cada dia surgem mais recursos para apps como o WhatsApp, com disponibilidade de chamada de voz concorrendo com as próprias operadoras, naturalmente que isso se tornou um problema. Segundo o CEO da TIM, “não dá para alavancar as ofertas de um serviço que come a receita tradicional da empresa”.
Apesar disso, o futuro parece promissor, desde que esses problemas mudem. A TIM prevê que haja uma queda de 0,8% da receita do mercado telecom brasileiro, no entanto ela acredita numa expansão nos próximos anos, e em 2019 a taxa de crescimento irá ultrapassar a de inflação. De Angelis resumiu isso da seguinte maneira: “Olhando para o futuro, os indicadores macroeconômicos são positivos. A expectativa é de recuperação da economia, de reformas estruturais.”
E aí, será que o fim do WhatsApp gratuito daria vez à outros mensageiros de excelência como o Telegram? E você, qual mensageiro utiliza? Comente!