Mais um jogo baseado na franquia TWD chega aos aparelhos móveis, a estrela da vez é The Walking Dead No Man’s Land (Ou Terra de Ninguém em tradução livre) que mistura elementos de rpg de combate em turno com a emoção e suspense que tanto amamos ver no seriado e nas hq’s, afinal, quem aqui não prende a respiração ao ver os personagens cercados de zumbis ou caminhantes como são chamados na série?
The Walking Dead No Man’s Land já havia sindo lançado no exterior há algum tempo, porém, só nessa semana o download foi liberado para nós brasileiros, ao menos foi o que se deu na Play Store, onde baixei o jogo que é gratuito, todavia, ele também está disponível para IOS e Windows Phone, o que é ótimo já que todos poderão jogá-lo, independente da plataforma.
Fique tranquilo (a), essa análise de The Walking Dead No Man’s Land não contém spoilers do seriado ou das hq’s, mas o jogo por si só dá alguns spoilers bem leves de acontecimentos da quinta temporada que nós não iremos citar aqui.
Aliás, já conferiu nossas dicas de aplicativos para evitar spoilers no pc e no smartphone?
The Walking Dead No Man’s Land: História
Nesse game nós não jogamos com os personagens clássicos da série/hq, mas sim com novos personagens, outros sobreviventes aleatórios, assim como ocorre em outros jogos da série, o que particularmente eu não acho nem bom e nem ruim, afinal, uma das vantagens disso é que não ficaremos tão aflitos caso um de nossos personagens morra, porém, como já aprendemos relacionar os atores a TWD, é meio estranho não poder controlá-los.
Em No Man’s Land nós somos apresentados a uma abertura bem similar a vista na série e após isso três personagens jogáveis fogem de um local que está sendo atacado por zumbis. Esse lugar em especial é mostrado na quinta temporada, mas não ficamos lá no jogo, embora, tenhamos de voltar vez ou outra para pegar itens e tentar recrutar novos membros para nosso equipamento, o que diminui o risco de spoilers por parte do jogo.
The Walking Dead No Man’s Land não se foca em recontar o que ocorreu na série, mas sim em desenvolver personagens novos em busca de suprimentos e demais recursos para sobrevivência do seu grupo, entretanto, alguns ‘visitantes’ do seriado, como o Daryl, aparecem no jogo e nos dão dicas e missões, porém, até agora eu não consegui recrutar nenhum deles para o meu grupo.

E falando nos personagens do jogo, eles sim dão alguns spoilers do seriado/hq, coisas como: “Eu sabia que não deveríamos ter entrado lá”. Mas em sua maioria são pequenos detalhes mesmo, eles não citam quem vive ou morre em um lugar específico por que não conhecem praticamente ninguém do grupo principal da história.
Como você já deve ter presumido, a história aqui não é o foco, tudo que temos de fazer é ir de um local a outro pegar itens, armas ou chamar pessoas para o grupo, mas isso de forma alguma torna o jogo ruim, pois, é justamente na jogabilidade que ele mais se destaca.
Se tem algo que ao meu ver esse jogo pecou muito foi no objetivo de algumas missões, por exemplo, em uma delas temos de salvar uma pessoa desarmada que está presa numa garagem com dois zumbis, mas ao abrirmos a porta tanto ela quanto os zumbis saem andando de lá livremente. Dai eu lhe pergunto, nobre leitor, em que universo uma pessoa pode ficar presa num cômodo pequeno com dois zumbis e sair de lá intacta? E não me refiro a ficar preso lá por poucos minutos, pois essa missão em especial nem tempo máximo de conclusão possuí. Uma bola fora e tanto por parte dos roteiristas do jogo.
The Walking Dead No Man’s Land: Jogabilidade
A jogabilidade lembra um pouco a vista em TWD Road To Survival, mas em No Man’s Land a visão da tela é feita de cima e não mais de frente, ademais, mesmo sendo um rpg em turnos, todos os personagens e zumbis se movem de maneira mais dinâmica, cada ação que fazemos custa um ponto de AP e atacar um zumbi gasta dois pontos, que a princípio é tudo que temos em cada personagem por turno, ou seja, podemos mover e atacar com cada um dos personagens e depois esperar os zumbis fazerem o mesmo.
Mas isso por si só seria fácil demais, por isso devemos vasculhar alguns locais específicos antes de sair da missão ou derrotar alguma quantidade de zumbis e vez por outra até mesmo chegar até o ponto de término da fase, mesmo que não tenhamos derrotado todos os zumbis, algo que às vezes se torna impraticável devido a quantidade absurda que temos de enfrentar.

A cada turno nós podemos mover um dos personagens dentro do espaço delimitado que é marcado com traços azuis, ademais, completamos a fase após chegar ao grande retângulo azul no final da fase, geralmente no canto direito de cada uma delas. Porém, na grande maioria das fases temos de checar itens brilhantes primeiro ou matar uma determinada quantidade de zumbis, e falando neles, os ‘walkers’ também se movem após nosso turno, eles são mais lerdos e andam menos, mas nos atacam sem exitar.
Cada personagem possui uma barra de vida (HP) que vai diminuindo conforme vamos sendo atacados, não existem itens de cura que possam ser utilizados entre as fases, mas ao menos não morremos ou somos infectados com um único golpe. Na grande maioria das missões nossos personagens não morrerão caso o hp seja drenado completamente, porém, algumas missões são destacadas como mortais e nelas quem perder toda barra de vida irá morrer de vez.
Em missões normais se os personagens forem muito feridos eles terão de ficar no hospital de nosso acampamento até que se curem, algo que costuma durar em torno de 4 à 20 minutos dependendo da gravidade dos ferimentos.

A princípio The Walking Dead No Man’s Land não estava muito desafiador, mas bastou-me começar o capítulo II para ver como esse jogo é interessante, primeiro devido ao aviso que surge na parte central inferior da tela que nos avisa que em 4 turnos ou menos uma nova manada de zumbis irá aparecer na tela, isso particularmente me faz querer concluir a missão o quanto antes, mas o pior de tudo é que nem sempre eles surgem do mesmo local e as vezes aparecem muito próximo de nossos personagens, desesperador.
Claro que para lidar com tantos oponentes os nossos personagens tem de estar bem equipados, ademais, podemos aumentar o nível deles, das armas, roupas e de construções em nosso acampamento, uma experiência que particularmente achei bem similar a jogos como Clash of Clans, ou seja, enfadonha, porém recompensadora. Aumentar o nível dos personagens foi o que eu priorizei, afinal, isso libera mais habilidades de classe, mas esteja avisad@ que você terá de esperar um bom tempo entre um aumento de nível e outro para que possa, finalmente, prosseguir para a próxima missão. Fazer o que né? É o mal dos jogos gratuitos.
Aliás, no começo do jogo só temos três classes disponíveis, atirador, batedor e tanker, cada qual conta com sua particularidade: Tankers podem deixar os zumbis tontos por um turno, mas não causam muito dano, são ideais para usarmos em zumbis de nível mais forte que o nosso ou zumbis blindados. Atiradores são excelentes para matar a distância, mas chamam muito a atenção e só podem atirar em alvos que estejam em linha reta com si, algo que até ‘deixamos passar’, já que se houverem dois ou mais zumbis alinhados, todos receberão dano. E, por fim, temos os batedores, eles usam pequenas facas (nada de espadas a lá Michone) e causam muito dano em zumbis, geralmente matando-os com apenas um golpe, mas eles são os personagens com menor defesa.

Conforme vamos avançando nos capítulos é possível liberar novas classes e personagens, é um processo muito demorado, muito mesmo, você certamente irá passar mais tempo aumentando o nível de seu acampamento e personagens do que jogando efetivamente. Porém, um lado negativo nos personagens é que as vezes clicamos sobre eles e o jogo não parece reconhecer direito o clique e eles se movem para a direção totalmente oposta a que queríamos, isso não acontece com frequência, mas é frustante querer ir para um lugar e não conseguir.
Eventualmente também tentei atacar um zumbi ou ir até um ponto específico do mapa, mas o personagem não ia por que havia algo ou alguém no caminho, ridículo, muitas vezes esse obstáculo era claramente fácil de se desviar, havia espaço para tal e ainda estava nos limites de até onde poderia me mover no turno, mas o jogo simplesmente não queria me deixar ir e meu personagem tinha de ficar lá, parado, esperando virar toicinho para os zumbis.
Ao menos as classes são bem equilibradas entre si e os diversos tipos de zumbis deixam o jogo um pouco mais dinâmico, entretanto, senti falta de humanos me atacando no jogo, de mais opções de personagens e armas. Isso certamente deixaria a gameplay mais divertida e menos enjoativa.
The Walking Dead No Man’s Land: Gráficos e Som
Os gráficos no geral são bem regulares, durante as fases não é possível reclamar muito deles por que a visão de cima dificulta um pouco a análise mais detalhada, porém, quando os persoangens são exibidos mais de perto as animações dão pequenas travadas, além de que os movimentos são mecânicos e longe de serem similares a maneira como uma pessoa normal caminharia ou arrastaria objetos pelo cenário.
Os personagens, em sua maioria, não tem nada de chamativo, os detalhes de seus rostos e cabelos poderiam ser melhorados para deixá-los com um ar mais atraente, mas todos eles parecem velhos demais, sujos demais e bem… Já posso imaginar o que você está imaginando agora: “Esse redator deve estar viajando, é exatamente assim que alguém ficaria num apocalipse zumbi!”
Ok, ok, ok, deixe-me apresentar-lhe alguns personagens do jogo:

Estes acima foram alguns dos ‘mais bonitins’ que consegui encontrar na internet, os que estou usando são tão estranhos que prefiro nem postá-los aqui, todavia, note como eles não tem nada de especial em suas expressões ou vestimentas, ademais, eles raramente contam com habilidades únicas e nenhum deles conta com um objetivo para lutar.
Ao meu ver esse jogo seria muito melhor se houvessem menos personagens e cada um deles contasse com uma mini biografia, dessa forma eu até deixaria passar os cabelos mal feitos, armas grudadas no corpo e se confundindo com as roupas e os loadings/carregamentos extremamente lerdos do jogo, são quase dois minutos de carregamento inicial para que possamos jogar The Walking Dead No Man’s Land, sinceramente não sei o motivo de tamanha demora para um jogo tão simples. Talvez seja má optimização para o aparelho onde testei o jogo ou a minha conexão com a internet, mas ainda assim creio que seria possível dar um polimento extra no game. Nem que isso dobrasse o tempo de carregamento.

Ao menos quando se trata de som o The Walking Dead No Man’s Land não decepciona, pois, a trilha sonora clássica do seriado dá um ar mais imersivo ao jogo que é embalado por faixas bem escolhidas, sons de tiros e ataques bem sincronizados e com qualidade ideal para não abafar os demais sons que tocam a fundo e nos dão ainda mais pressa para finalizar as fases.
Nenhuma fala é dublada, toda conversa se dá por meio de textos e textos que são ditos por qual quer personagem aleatório que esteja no seu time ou os específicos de cada capítulo.
The Walking Dead No Man’s Land: Vale a Pena Jogar?
Isso vai depender muito de ti, sério, se você espera encontrar os clássicos personagens do seriado/hq é melhor deixar esse jogo de lado por que você provavelmente irá enjoar de jogá-lo antes mesmo de liberar alguns deles, isso se for possível jogar com os mesmos por que até agora não liberei nenhum e não encontrei imagens ou vídeos de alguém jogando com eles, queria poder retalhar zumbis com a Michonne ou mesmo atirar neles com o Governador, mas parece que não será dessa vez…
The Walking Dead No Man’s Land é um rpg por turnos divertido, mas ao menos ao meu ver da série ele só leva o nome e uma pequena aparição de Daryl, por que de resto ele é só um jogo de estratégia com zumbis e personagens sem razão de existir, em suma é um ótimo jogo isoladamente, mas um péssimo The Walking Dead por que ao meu ver não é isso que um fã espera de um jogo, mas sim uma adaptação fiel aos personagens e acontecimentos da história original.

Você pode baixá-lo gratuitamente e jogá-lo dia sim/dia não (o ‘dia não’ é para coletar recursos e aumentar o nível de personagens e construções) ou pode gastar fortunas para avançar de nível mais rápido e zerar o jogo antes da grande maioria, algo que ao meu ver é meio fútil por que a Play Store está lotada de rpg’s pagos que são mais divertidos como, por exemplo, o Knights of Pen and Paper.
Não me leve a mal, sou um grande fã de jogos de zumbis, do seriado e das hq’s, mas a experiência que tive com The Walking Dead No Man’s Land foi um tanto quanto desanimadora, mas essa é apenas a minha opinião pessoal e você tem todo o direito de concordar ou discordar dela, sinta-se a vontade para deixar sua opinião nos comentários.
Seguem os links para downloads em suas respectivas lojas de aplicativos:
(Requer Android 4.1 ou superior e 200 mb’s livres)
[appbox googleplay id=com.nextgames.android.twd&hl ]
(Requer IOS 8.0 ou superior e 263 mb’s livres)
[appbox appstore id=970417047]
(Requer Windows 8 ou superior e 200 mb’s livres)
[appbox windowsstore id=9nblggh6d24b]